segunda-feira, 11 de junho de 2018

Subtelha - Solução Eficiente para Coberturas

SUSTENTABILIDADE
Com a implementação de tecnologias de ponta e inovação no fabrico das suas placas de subtelha, a Onduline reduz a pegada de carbono com baixos consumos de energias primárias. A leveza deste material permite um transporte mais eficaz, diminuindo assim as emissões de CO2, e a sua composição permite a reciclagem de uma elevada quantidade de material por ano. Certificados recentes demonstram a permanente preocupação da empresa no que respeita ao tema da qualidade do meio ambiente.
CARACTERÍSTICAS 
As placas de subtelha Onduline são leves, facilitando a sua instalação e reduzindo custos de mão-de-obra. São impermeáveis à agua (garantia de 30 anos). A ventilação constante entre todos os elementos da cobertura aumenta a durabilidade dos mesmos.
APLICAÇÕES
As placas de subtelha Onduline adaptam-se facilmente à reabilitação de coberturas inclinadas em telha cerâmica. Na reabilitação, a sua utilização permite reduzir as alterações na configuração das coberturas ao mínimo possível, reduzindo custos.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Casas pré-fabricadas


Já imaginou ter assim um refúgio fora da cidade para fugir ao reboliço e desfrutar da natureza?

Ao contrário do que se pensa, as casas pré-fabricadas nem sempre assumem formas tradicionais ou sem design. Existem também projectos de traça minimalista que se adaptam a gostos e necessidades diferentes. Recordamos-lhe que este tipo de casas conta com tecnologias sustentáveis que permitem grandes poupanças de energia e um grande conforto térmico em espaços únicos e realmente confortáveis. 

As casas pré-fabricadas não limitam o espaço existente no interior. Pelo contrário, estas podem contar com tectos de pé-direito duplo, permitindo uma amplitude espacial que ofereça conforto aos seus residentes. A facilidade para construir este tipo de casas garante uma redução dos custos de mão-de-obra. Além do mais, os meios sustentáveis para poupar energia compensam o orçamento a curto e médio-prazo.

Como já vimos, existem pré-fabricados em estilos diferentes que vão ao encontro de gostos e necessidades também eles diferentes, como esta composição claramente minimalista que satisfaz os que preferem um estilo de vida totalmente contemporâneo pleno de conforto e de inovação.


sábado, 27 de janeiro de 2018

Energia solar vai custar um cêntimo em 2019


O custo da energia solar está a cair rapidamente, e atingiu um novo recorde com um novo projeto da empresa italiana ENEL Green Power para o mercado mexicano, que conseguiu ganhar um concurso público fornecendo energia em duas áreas com um custo prometido de 1,77 cêntimos/kWh (0,015 €/kWh). 
Esta é a segunda vez que um projeto de painéis solares conseguiu um custo de produção de energia abaixo dos dois cêntimos, e deixa antecipar a possibilidade de reduzir este valor para um cêntimo por quilowatt-hora em 2019.
Este valor bate o recorde anterior de 1,79 cêntimos (0,01517 €/kWh), estabelecido alguns meses por um projeto na Arábia Saudita. Nessa altura, analistas do mercado de energia tinham previsto que o projeto estava a vender a energia produzida na origem a um preço inferior ao verdadeiro custo. No entanto, a evolução dos últimos anos do preço da energia solar é para continuar a baixar.
Em 2013, o custo de produção de eletricidade a partir de células fotovoltaicas era superior a 8 cêntimos por kWh. Em 2015, a Arábia Saudita conseguiu quebrar a barreira dos 5 cêntimos, e no ano seguinte o Dubai e o Chile tinham conseguido um valor inferior a três cêntimos.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Licenciamento de casas modulares ou pré fabricadas




A maioria das pessoas tem uma noção errada no que se refere às casas modulares ou pré-fabricadas. À primeira vista pensam que apenas será necessário ter o terreno, comprar a casa e montá-la nesse mesmo térreo e já está. Contudo, nada está mais longe da realidade.

Tal como consta na legislação vigente, desde que a construção se incorpore no solo com carácter de permanência, o enquadramento legal é exatamente o mesmo do que uma casa de construção tradicional.

Assim, o licenciamento deste tipo de casas, sujeita-se à mesma ao Regime Jurídico da Urbanização, aprovado pelo DL n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na sua versão atualizada, o qual dispõe na alínea a) do artigo 2º que é considerada edificação a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado a utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se incorpore no solo com caráter de permanência.

Independentemente do tipo de construção, o licenciamento é obrigatório e a legislação aplicável comum, diferindo apenas o método de construção, e assim, o procedimento para colocação de uma casa modular ou pré fabricada num terreno é exatamente o mesmo para a construção de uma moradia nesse terreno.

Terá primeiramente de se verificar se existem condicionantes à construção sobre esse terreno, nomeadamente o que estipula o PDM para a área e se o mesmo se encontra inserido em área de RAN (Rede Agrícola Nacional), REN (Rede Ecológica Nacional), etc.

Se o terreno não permitir ou estiver situado em área que não permita a construção, não será o facto de ser uma casa de madeira que é simplesmente colocada em cima do terreno que fará com que seja permitida a sua instalação. Reitera-se: a instalação de uma casa modular ou casa pré fabricada é sinónimo de construção.

Posteriormente, tal como em qualquer pedido de licenciamento, há que ser apresentado junto da Câmara Municipal competente o projeto de arquitetura, que inclui a memória descritiva, plantas, cortes, alçadas etc. e que lhe são fornecidos pela empresa à qual adquire a casa.

Aliás, as empresas que fornecem este tipo de construções, costumam ter preços que incluem também os serviços de acompanhamento do processo de licenciamento, pois só podem colocar a casa no local depois de ter esse licenciamento.

Uma vez aprovado o projeto de arquitetura, deverão ser apresentados os projetos de especialidades (como alimentação e distribuição elétrica, esgotos e instalação de gás) e, uma vez recebidos, a Câmara Municipal consultará as entidades que legalmente deverão emitir o devido parecer, autorização ou aprovação, sendo assim emitida a licença de construção.

Posteriormente, também há que tratar da Licença de Habitação como numa casa tradicionalmente construída. Uma vez concluída a obra, deverá requerer à Câmara Municipal (e depois de feita uma vistoria à obra) o Alvará de Licença de Utilização, pois vai comprovar a conformidade com o projeto aprovado suas condicionantes.

Assim sendo, qualquer pessoa que pretenda adquirir uma casa modular ou pré fabricada, deverá antes do mais verificar se o terreno permite ou não a construção.

Posteriormente contactar a empresa pretendida e escolher o tipo de casa, pois dessa escolha depende a exigência ou não de licenciamento junto da Câmara Municipal.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Construção Sustentável


O desenvolvimento sustentável é o equilíbrio entre as necessidades de desenvolvimento e o meio ambiente, visando melhorar as condições de vida atuais sem comprometer as gerações futuras.

Antecedentes

Desde que o Homem se torna sedentário, passa a ter necessidade de construir abrigos que lhe ofereçam proteção e que sejam duráveis. Na sua construção são utilizadas alvenarias de blocos de terra e pedra. É também usada a madeira e outros materiais naturais.
Com o aumento das exigências de resistência das construções, os materiais deixam de ser aplicados tal como são extraídos da natureza e passam a envolver transformação de matérias-primas, o que implica maior consumo energético.
Nos finais do séc. XIX surge um novo material de construção, o betão. Mais tarde, com o objetivo de otimizar as suas características mecânicas, é introduzido o aço em varão tornando-se o betão armado no material mais utilizado na construção até hoje. 
Na 2ª metade do séc. XX verifica-se um grande aumento da construção mas, muitas vezes, o crescimento das cidades faz-se de uma forma desordenada e com baixa qualidade construtiva. São ocupadas zonas rurais e destruídas zonas verdes. Os recursos naturais são usados em grande escala, provocando feridas na paisagem e danos ambientais avultados.
Face a esta realidade, começam a surgir críticas a este modelo de desenvolvimento urbano. Desperta a consciência coletiva de que se nada se fizer para inverter esta tendência, rapidamente se esgotarão os recursos naturais. Está em causa a própria existência da espécie humana.
Neste contexto, no final dos anos 60, emerge uma corrente ecológica que defende a preservação da natureza e dos seus recursos. A crise do petróleo, na década de 70, veio também despertar a ideia da necessidade de poupança de energia.

Conceito de desenvolvimento sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável surge pela primeira vez na década de 80. Defende-se um modelo em que haja um equilíbrio entre as necessidades de desenvolvimento e o meio ambiente. Visa melhorar as condições de vida atuais sem comprometer as gerações futuras.
O Protocolo de Montreal, de 1987, é um acordo internacional que estabelece metas para o controlo de emissão de substâncias que destroem a camada de ozono.
Em Portugal, em 1990, é apresentado um 1º Regulamento de Comportamento Térmico dos Edifìcios, sendo lançada em 2006 nova legislação, RCCTE e RSECE, aplicada a todos os edifícios e sendo a sua aprovação efetuada por peritos qualificados em térmica.
Em 1998, é estabelecido o Protocolo de Quioto (Kyoto), resultante de uma série de eventos, que visa a redução de emissão de gases poluentes responsáveis pelo efeito de estufa e o aquecimento global. Entra em vigor em 2005, englobando 141 países entre os quais Portugal. O protocolo não é aplicado aos EUA, o maior poluidor do mundo, o que leva países como o Canadá a questioná-lo.

Atualidade

Hoje o crescimento sustentável é uma prioridade de atuação. Assenta em três vetores: desenvolvimento economicamente eficaz, socialmente equitativo e ecologicamente sustentável.
Esta perspectiva de sustentabilidade é aplicada ao setor da construção, uma vez que este é o responsável por grandes danos sobre o meio ambiente.
O uso do betão começa a ser questionado. Pela sua durabilidade limitada, por envolver a utilização de grande quantidade de recursos naturais e pelo elevado consumo energético no fabrico dos materiais que o compõem.
Em alternativa aparecem novos sistemas construtivos como as estruturas metálicas leves (LSF) e em betão celular autoclavado (ACC). Ressurgem igualmente tecnologias em desuso, como a construção em taipa ou adobe e em terra.
São adotados progressivamente um conjunto de procedimentos com vista à diminuição do impacte ambiental das construções. Promove-se o uso de energia a partir de fontes renováveis, a recolha da água da chuva e reutilização de água, passa a ter-se um maior cuidado na escolha dos materiais construtivos e estabelecem-se normas para os resíduos da construção e da demolição.

Princípios básicos de uma construção sustentável

Reduzir o consumo energético
Durante a fase de obra e de utilização usando fontes de energia renováveis, minimizar os consumos energéticos e optimizar a iluminação e ventilação natural.
Diminuir o consumo de água
Redução da quantidade de água envolvida na produção de águas residuais. Instalação de autoclismos com sistemas de descarga diferenciados, uso de bases de duche em vez de banheiras e instalação de torneiras mono comando, entre outros.
Assegurar a salubridade dos edifícios
Maximizar a iluminação e ventilação natural e criar, se possível, aberturas para o exterior em todos os compartimentos.
Potenciar a durabilidade das construções
Usar materiais e sistemas construtivos que ampliem o ciclo de vida das construções.
Promover acções de manutenção e reabilitação do edificado
Usar materiais eco-eficientes
Usar materiais não nocivos à camada de ozono, duráveis, com baixa manutenção, com baixa energia primária, localizados próximo do local da obra e de fabrico a partir de materiais reciclados ou que no futuro possam a vir a ser reciclados.
Aproveitar as condições e recursos locais
Diminuir a área de implantação e o volume de construção
Apostar em inovações tecnológicas amigas do ambiente
Proceder a uma gestão sustentável da obra
Reduzir, reutilizar e reciclar resíduos sólidos
Promover um custo de obra economicamente vantajoso
O desafio atual para a arquitetura é então procurar criar soluções inovadoras que aliem uma estética atraente, a uma boa eficiência energética e um impacte ambiental reduzido.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

(Re)construir integrando elementos de madeira originais





Fonte: Raul Sousa Cardoso, Arq - Casa em Abragão – Recuperação de habitação uni familiar




Muitos dos casos de reconstrução e reabilitação de pequenas construções permitem que seja tirado partido da beleza e carater dos elementos de madeira originalmente utilizados na estrutura da construção.



Para que a integração desses elementos seja feita da melhor forma e mais segura, impõe-se a avaliação antecipada das suas reais condições de aplicação e estado de conservação.



A avaliação global de estruturas em madeira exige um vasto conhecimento e experiência dos profissionais, nem sempre fácil de encontrar actualmente.



A falta de formação académica adequada à boa interpretação de estruturas e métodos tradicionais de construção, ou a ausência de experiência dos carpinteiros profissionais, dificulta, chegando mesmo a impossibilitar, o bom aproveitamento dos elementos que nos chegam.



Estas limitações levam a que, na maioria das vezes, os elementos que poderiam ser recuperados ou reforçados, acabem demolidos por segurança e falta de outros conhecimentos.



De uma forma geral, e dependendo da utilização estrutural ou não dos elementos em madeira em pequenas intervenções, quando a estrutura apresenta bom estado de conservação, será aceitável que sejam apenas repostas as condições de segurança originais, reparando os elementos deteriorados.



Antes da tomada de decisão sobre a intervenção a realizar deverá ser feita uma inspecção preliminar cuidada. Esta inspecção resultará noutra mais detalhada e aprofundada, que defina concretamente intervenções mais profundas e drásticas, repondo as boas condições de segurança.



As estruturas de madeira podem referir-se apenas às utilizadas em coberturas ou pavimentos mas também, e ainda, às utilizadas em paredes estruturais e de compartimentação.



A titulo de exemplo referem-se das “paredes de gaiola”, tão tradicionais na nossa construção Pombalina. As “paredes de gaiola” são normalmente paredes estruturais, num misto de madeira e alvenaria de pedra, em que a armação de madeira, ficava embebida no maciço de alvenaria, à face da parede interior. Garantia-se assim que, em caso de sismo, se o edifício desmoronasse, se manteria na íntegra a gaiola tridimensional.




Paredes de gaiola – construção pombalina

Na inspecção preliminar procura-se essencialmente:

- Indícios de má conservação dos elementos; 

- Sintomas associados à presença de humidade como manchas, bolor ou cheiro a mofo;  

- Identificação da localização estrutural dos elementos – próximo de redes de águas, beirados ou pontos singulares da cobertura, zonas mal ventiladas em cave, etc.

À inspecção preliminar visual podem associar-se então ensaios estruturais não destrutivos que pretendem avaliar as condições de segurança da estrutura.

A avaliação das condições de segurança da estrutura pretende entender genericamente a estrutura original e o seu enquadramento no todo, de modo a depreender eventuais alterações que se pretendam realizar. Pretende ainda identificar eventuais erros, que possam ter sido cometidos originalmente, para que os mesmos possam ser corrigidos.

Esta inspecção mais detalhada e técnica permitirá definir entre uma intervenção de reabilitação ou reforço, ou ambas em simultâneo, dependendo da zona a que se aplique.

Nos casos em que sejam identificados agentes biológicos, no ataque aos elementos de madeira, é fundamental travar a sua progressão, impedindo-a preventivamente.
Genericamente poderá promover-se a secagem dos elementos (quando aplicável), a sua limpeza e eventual tratamento com insecticida e/ou fungicida ou ainda a aplicação de preservador da madeira.

Apenas após a identificação e correcção destes problemas é que as reparações e substituições de outros elementos deverão ser realizadas.

De uma forma simplificada, na reabilitação de estruturas em madeira, deve garantir-se:

- antes da reabilitação global da estrutura são aplicados os tratamentos de eliminação e prevenção de focos de humidade e/ou agentes biológicos;
- ventilação dos elementos, evitando o contacto da madeira com outros que retenham humidade ou impeçam a ventilação;
- a manutenção dos elementos existentes nas condições estruturais que já detenham, evitando alterar a sua relação em relação ao serviço que estejam a desempenhar (ou seja, introduzir restrições ou eliminá-las, de modo a exigir mais do que elemento do que inicialmente);
- a manutenção da boa visualização ou acesso das estruturas intervencionadas para que possam ser realizadas inspecções periódicas que garantam a segurança do todo.


Fonte: Empresa teambox, “Recuperação de e remodelação de casa tradicional com mais de 200 anos”: Reaproveitamento de todos os barrotes de madeira de carvalho original. Reaproveitamento de todas as madeiras de carvalho da casa, e reutilização em portas, alçapões e portões.


Em resumo, a realização de inspecções mais ou menos detalhadas, com recurso a ensaios não destrutivos, não dispensa a avaliação de um profissional competente, quer no desenvolvimento da inspecção, quer na interpretação dos resultados e definição da intervenção a desenvolver.

Deixo ainda uma ideia "naturalmente integrativa"

e bem... este é um caso em que a "madeira" original não necessitaria propriamente de "inspecção prévia" estrutural...(já a rede de raizes seria toda uma outra história...)

Artigo de:Ana Pereira
Senior Civil Eng|Reinforcement and Rehabilitation of Structures|Microsoft Project

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Construção com materiais “carbono-negativo”




Alojamento para estudantes da University of British Columbia do Canadá
Estrutura em madeira com núcleo misto


 A concentração média global de dióxido de carbono na atmosfera atingiu novos marcos simbólicos e significativos nos últimos anos.

As mudanças climáticas são uma realidade cada vez mais presente no nosso dia a dia.

Contudo, sem combater as emissões de dióxido de carbono, não podemos enfrentar as mudanças climáticas e manter os aumentos de temperatura abaixo dos 2 ° C acima da era pré-industrial.
É urgente que se tomem medidas nesse sentido, a começar por cada um de nós como indivíduos.
As cidades são a fonte da maioria das emissões de dióxido de carbono e o local onde as intervenções mais impactantes podem ocorrer: concentração automobilística, aumento da eficiência energética em edifícios e equipamentos, fontes de energia renováveis, entre outras mudanças de hábitos de consumo pessoal.
Das possibilidades de acção, impõe-se a colaboração entre engenheiros e arquitetos no desenvolvimento de novos produtos e soluções estruturais equilibradas, ao totalizar os impactos de carbono dos materiais, construção, uso e demolição.
Um edifício com impacto nulo, ou mesmo negativo, na emissão de carbono admite:
  • minimização da energia de combustível fóssil no processo construtivo (considerado desde a produção dos materiais e equipamentos a utilizar na construção do edifício propriamente dito);
  • utiliza materiais que absorvem carbono atmosférico (na malha do edifício);
  • incentiva a captura, geração e mesmo distribuição de energia renovável;
  • garante uma estrutura respirável e à prova de ar;
  • garante a sua resistência estrutural, resiliência, baixa manutenção, resistência ao fogo e às intempéries incorporando um excelente isolamento;
Em média, o impacto do carbono da construção de edifícios convencionais é entre 10 e 20% de seu uso durante a vida.
Os materiais de construção "naturais", "verdes", "biológicos" ou "renováveis" podem ser classificados como "baseados em celulose" com os seguintes benefícios:
  • bloqueio do carbono atmosférico no edifício;
  • diferentes graus de isolamento;
  • facilidade no trabalho e manuseamento;
  • garante estruturas “respiráveis”;
  • biodegradáveis;
  • facilmente reciclado no final de vida da construção.
O edifício em madeira mais alto do mundo encontra-se em Vancouver, com 53 metros de altura.A sua concepção teve início em 2015 e a estrutura elevada em apenas 8 semanas. O interior do edifício é misto com um pequeno núcleo em betão armado e aço que garante a base necessária à restante estrutura em madeira.
Outros materiais de construção em madeira incluem:
  • contraplacado, painel estrutural de madeira;
  • placas ou painéis OSB (Oriented Strand Board - aglomerado de partículas de madeira longas e orientadas, coladas em camadas perpendiculares);
  • painéis LVL (Laminated Veneer Lumber - Painel Lâminas Paralelas, consiste na colagem de folhas especialmente classificadas paralelamente umas às outras);
  • painéis PSL (Parallel Strand Lumber - Madeira Vertente Paralela, formado por fios de camadas (flocos) de madeira em orientações específicas);
  • painéis LSL (Laminated Strand Lumber, paineis laminados);
  • entre outros.
Outros materiais naturais negativos para o carbono atualmente utilizados na construção incluem:
  • linho;
  • fibras de cânhamo;
  • juta;
  • papel
  • cana;
  • sizal;
  • terra;
  • barro;
  • palha.
A palha, como exemplo enquanto material de construção, tem tido desenvolvimentos técnicos significativos na última década na Europa, estando a sua utilização a expandir-se, inclusivamente, na construção de edifícios públicos urbanos.


Construção em palha e cal

A palha é um material de construção de carbono negativo, natural, abundante e fácil de conseguir, saudável, resistente e com excelentes características de isolamento térmico.

Começa a não haver desculpas para que o mundo da construção não nos dê, pelo menos, zero edifícios de carbono...

Artigo de:Ana Pereira
Senior Civil Eng|Reinforcement and Rehabilitation of Structures|Microsoft Project
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